Os efeitos do Exercício Físico em pacientes com Parkinson.

Escrito pelo Prof. Esp e MBA Danilo Luiz Fambrini

         A doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa que ocasiona grandes complicações para os pacientes que sofrem desta, causando déficits motores, manifestações sistêmicas associadas e nas funções autônomas.

            Tal doença foi mencionada a primeira vez em 1817, por James Parkinson, a qual, leva o nome. Com base em observações e exames clínicos, Parkinson destacou como sintomas o tremor, rigidez muscular, acinesia, alterações na marcha e na postura (DMOCHOWSKI, 1999).

            Exames neurológicos indicam que pacientes acometidos por DP tem grandes perdas de células do mesencéfalo ocasionado uma menor comunicação entre o Sistema Nervoso Central e o striatum. Essa ausência de comunicação causa esgotamento de Dopamina, a qual, é essencial para o perfeito funcionamento do cérebro. O déficit de Dopamina causa problemas motores, sendo eles: coordenativos, a rigidez muscular a as alterações na postura e na marcha (LOU et al., 2003).

            Não são muitos os estudos que podem associar diretamente o Exercicio Físico e a Doença de Parkinson, mas pode-se observar uma tendência positiva da utilização do EF como meio de amenizar os efeitos degenerativos da patologia.

            Nos estágios iniciais da doença, manter o paciente ativo fisicamente tem função importante para atenuar o desenvolvimento dos sintomas patológicos e reduzir a velocidade de degeneração dos neurônios dopaminérgicos (SMITH, ZIGMOND, 2003).

            Tendo em vista a enorme possibilidade dos exercícios físicos serem uma ótima estratégia visando amenizar os efeitos da doença, fica a pergunta, quais métodos seriam interessantes?

            Miyai et al.(2000), aplicou protocolo de marcha em esteira com apoio parcial do peso corporal durante 4 semanas, nesse período, conforme a evolução, iria removendo progressivamente o apoio e obteve resultados positivos com relação a melhoras na deambulação e facilitando assim as atividades do cotidiano.

            Dois anos depois, o mesmo pesquisador fortaleceu sua pesquisa, mas dessa vez comparando seu método com a fisioterapia convencional e mostrou que a pratica de exercício mostrou resultados mais consideráveis e duradouros.

            Hisch et al. (2003), utilizou de um protocolo de treinamento de equilíbrio e um combinado de equilíbrio e resistência muscular durante 10 semanas e pôde observar que ambos tiveram melhoria no equilíbrio e na força muscular localizada, sendo que o exercício combinado foi mais eficiente e as melhorias persistiram por pelo menos 4 semanas após o termino do estudo.

            Surgindo como primeiro estudo com protocolo de series múltiplas e com carga mais elevadas e menor volume, Schilling et al. (2010), encontraram dentro de 8 semanas, bons ganhos de força e melhorias na mobilidade dos sujeitos.

            Assim, podemos sugerir que a pratica regular de exercícios físicos são de grande valia para portadores da doença de Parkinson, melhorando sua mobilidade, força muscular, facilitando suas atividades diárias e ainda retardando os efeitos deletérios causados pela patologia.

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