Créditos: Prof. Esp. Eurico Lara de Campos Neto
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A síndrome da imunodeficiência adquirida que também é conhecida pela sigla (AIDS) é uma manifestação clínica de um avançado processo de imunodeficiência que é causado pelo vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana), sua transmissão ocorre pelas vias sexual, parental, e vertical.
Esse processo infeccioso tem como principal característica a baixa na imunidade do individuo infectado, tornando-o vulnerável aos diversos tipos de infecções, neoplasias secundárias e doenças neurológicas, que se não receberem cuidado imediato podem levar o individuo à morte (Lazzarotto, 2016).
Segundo o autor estima-se que em todo o mundo 0,8% dos adultos entre as idades de 15 a 49 anos o que dá em torno de 35 milhões vivem com essa doença. No Brasil a estimativa é em torno de 734 mil infectados.
Para o tratamento muitos países utilizam a terapia antirretroviral combinada (TARV). Esse tratamento teve inicio em 1996 e proporcionou uma diminuição significativa da viremia e proporcionando maior expectativa de vida.
Porem a longo prazo a TARV pode causar dislipidemias, resistência a insulina e acumulo de gordura corporal no tronco, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares (Lazzarotto 2016, Martins, 2017).
O Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM, 2014) diz que a pratica de atividade física seja ela aeróbica ou de força, produzem benefícios importantes para a manutenção da saúde desses indivíduos.
O treinamento com exercícios é capaz de aumentar a capacidade aeróbica, resistência cardiorrespiratória e muscular.
Há evidencias de que o exercício físico reduz níveis de gordura corporal e índices de disfunção metabólica, alem de melhorar o humor e o estado psicológico com um programa regular de exercícios.
(Brito, 2013) cita uma alteração que é em decorrência do HIV que é a progressiva redução de massa corporal magra, resultando numa redução na capacidade do sistema músculo-esquelético de gerar força.
Diante dessa situação o autor propôs uma intervenção de 24 semanas de treinamento com pesos em 45 voluntários.
Ao final das 24 semanas o autor observou uma melhora na força dos 45 voluntários, considerou também que o treinamento proposto contribuiu também para o controle das variáveis metabólicas que são geralmente afetadas pelo uso do TARV e que o exercício físico deve ser recomendado para minimizar os efeitos colaterais e resultar e benefícios para o paciente.
Porem a aderência à pratica de alguma atividade física não é muito significativa em pessoas portadoras de HIV. (Martins,2017) investigou dois grupos de adolescentes entre 10 e 15 anos, um grupo com HIV e outro aparentemente saudável.
O objetivo era observar o nível de atividade física entre os grupos, e concluiu que os adolescentes portadores de HIV tiveram um menor escore de atividade física quando comparado ao grupo não portador.
Conclui-se também que o ambiente escolar pode ser muito favorável para a otimização da prática de atividade física dessa população.
O (ACSM, 2014) cita recomendações de exercícios físicos para essa população. Um conjunto de exercícios entre aeróbicos combinado com exercícios de força, são capazes de promover benefícios para a saúde dessa população. As sessões devem variar entre trinta e sessenta minutos, considerando que esse tempo deve ser uma progressão, deve ser considerado o condicionamento do individuo e sua modalidade deve variar de acordo com o estado de saúde e os interesses do aluno, iniciando com volume e intensidade baixos, aumentando progressivamente de acordo com a tolerância do aluno.
Referencias: