Escrito pelo Prof. Esp e MBA Danilo Luiz Fambrini
O Acidente vascular cerebral (AVC) era comumente ocorrente em sujeitos com idade já avançada, não sendo uma preocupação para jovens há anos atrás. No entanto, recentemente diversos casos tem ocorrido com pessoas com idade inferior a 40 anos, tornando o assunto de grande importância para a população em geral.
O AVC ou “derrame” é uma forma de doença cardiovascular (DCV). Um acidente vascular cerebral isquêmico é causado pela redução do fluxo sanguíneo cerebral, enquanto uma hemorrágica ou derrame é causado por hemorragia intracerebral. Ambos podem ocasionar a redução de oxigênio e nutrientes podendo levar a morte de células localizadas no cérebro. Atualmente o AVC é uma das principais causas de morte no Mundo, entre os principais, nos Estados Unidos (ROGER et al., 2014).
A doença pode causar deficiências cardiovasculares, músculo-esqueléticas, e deficiências neurológicas quando combinadas com um estilo de vida sedentário, aumentando a fadiga, e severa redução da aptidão física, comprometendo a saúde e qualidade de vida (BILLINGER et al., 2014). Para se ter uma noção da dimensão do problema, nos Estados Unidos, aproximadamente 795.000 pessoas sofrem experiência de AVC por ano e um estimado 7 milhões de americanos são sobreviventes (ROGER et al., 2014).
Mesmo para quem sobrevive a um AVC, naturalmente o ataque deixa sequelas, entre elas: Hemiparesia (fraqueza em 1 lado), hemiplegia (paralisia de 1 lado), espasticidade, disfunção cognitiva,dificuldade de locomoção, redução da capacidade para executar atividades de vida diária (AVD) (BILLINGER et al., 2014).
Diversos pesquisadores destacam que o exercício físico, seja ele aeróbio (corrida de rua, por exemplo) ou anaeróbio (Treinamento com pesos, por exemplo), sejam de extrema importância para a prevenção do AVC, reduzindo consideravelmente o risco (RIMMER et al., 2009; LEE et al., 2010; FLANJBIER et al., 2012; IVEY et al., 2014).
Dormência súbita ou fraqueza os braços, pernas em 1 lado, dor de cabeça severa repentina, confusão súbita ou dificuldade para falar ou compreender palavras, súbita dificuldade em andar, tonturas, perda de coordenação ou equilíbrio, perda de equilíbrio e quedas inexplicáveis (NINDS, 2014)
Com relação aos fatores de risco para a ocorrência do AVC, a American Stroke Association (2014), menciona:
Outros fatores complementares de estilo de vida se tornam risco, incluindo:
Hipertensão (pressão arterial de 140/90 mm/Hg ou 130/80 mm/Hg com doença renal crónica) é a principal causa de acidente vascular cerebral
Os sobreviventes de um AVC sofrem com a enorme possibilidade de sequelas, onde seguir sua vida normalmente se torna um enorme desafio. Abaixo segue a lista de dificuldades que o paciente acometido por AVC pode sofrer após se recuperar do mesmo.
Devido as sequelas ocasionadas pelo AVC, esses obstaculos impedem que diversas pessoas tenham interesse em aderir a uma atividade física (BILLINGER, 2014). No entanto, este se faz muito importante para a melhoria das capacidades motoras e cognitivas do individúo.
Benefícios do exercício físico
Para tal população, diversos pesquisadores destacam a importância do exercício físico para a recuperação após um AVC. Eles mencionam que tanto treinamento aeróbio quando a musculação tem carater essencial nesse processo, melhorando a recuperação da massa muscular, da capacidade cardiorrespiratória, capacidade funcional, e previne diversos riscos de um novo ataque (GLOBAS et al., 2012; IVEY et al., 2014; MACKO et al., 2014).
Como sugestão de exercícios aeróbios, é sugerida a utilização de bicicletas ergômétricas ou caminhada com supervisão, evitando a esteira inicialmente.
Outras indicações são com relação a mudanças rápidas de direção, estar supervisionando a sobrecarga a todo momento, acompanhamento constante do aluno e sempre preferir exercícios sentado do que em pé (BILLINGER et al., 2014).
Considerações
Apesar de ser um desafio para pessoas que sofreram AVC, o exercício físico é uma ferramenta essencial para a recuperação do mesmo, portanto, é necessário ter dedicação e escolher a atividade que lhe faz bem para que possa alcançar melhorias motoras e cognitivas.