Escrito pelo Prof. Esp. e MBA Danilo Luiz Fambrini
A Academia Americana de Ortopedia conceitua postura como o estado de equilíbrio entre músculos e ossos com capacidade de proteção das demais estruturas do corpo humano de traumatismos, seja na posição em pé, sentada ou deitada (BRACCIALLI e VILARTA, 2000). Levando isso em consideração, a existência de desequilíbrio muscular, ocasiona alterações na postura do individuo, podendo assim causar outros problemas caso não seja diagnosticada rapidamente ou tratada adequadamente.
Na realidade, grande parte dos problemas posturais pode ser atribuída à forma de organização das rotinas de treinamento das praticas esportivas onde há, em demasia, a sobrecarga sobre os grupos musculares mais utilizados para tal atividade, assim desconsiderando a ação destes para a manutenção da postura (RAGONESE, 1987).
Neste contexto, tão importante quanto o desenvolvimento das qualidades específicas para o alto desempenho, deve ser a preocupação com a postura e o equilíbrio muscular, pois estes influenciam no rendimento do atleta e podem minimizar a incidência de lesões desportivas (RAMOS e FREITAS, 1996). O cuidado na pratica esportiva para que não haja desequilíbrio muscular vai desde os maiores grupos musculares até os menores.
O estudo feito por Kwon et al.(2009), onde avaliaram força de músculos extensores e flexores dos dedos dos pés, teve conclusão de que o desequilíbrio muscular entre esses, tem influência na deformidade dos dedos, ocasionando o “dedo de martelo” e correlação inversa em relação a amplitude na dorsiflexão e eversão de tornozelo, assim, conforme aumenta a deformidade, menor é a amplitude de movimento do tornozelo, tornando-se um problema também para o desempenho do individuo.
Portanto, tendo em vista a performance e também a saúde do praticante de exercícios físicos, o cuidado na prescrição das rotinas de treinamento se faz necessária.
Referência da imagem: Dreamtime