Escrito pelo Prof. Esp e MBA Danilo Luiz Fambrini
Muitas vezes a utilização de técnicas do treinamento funcional é confundida com exercícios que estimulam a região abdominal e nomeadas como “exercícios do core”.
Rotineiramente, os profissionais não se preocupam em explicar o que é o core, a sua função e quais exercícios o treinam especificamente, para posteriormente com a instrução e a clareza da informação, aplique os exercícios específicos para a região (SARGENTIM, 2013).
O Core tem sua composição formada por músculos do tronco e pode ser classificado por Neumann (2002) como:
Músculos da porção posterior do tronco (costas);
Músculos da porção ântero-lateral do tronco (abdominais);
Músculos adicionais (Iliopsoas e quadrado lombar).
A região do Core tem função fundamental no equilíbrio do corpo do praticante durante a execução dos movimentos propostos e essa região é responsável pelo inicio de todos os exercícios, permitindo estabilização inicial.
O treinamento do core é resultante de um controle motor envolvendo a capacidade muscular da relação entre quadril-lombar-pelve (VERSTEGEN, 2004). Sem o treinamento dessa região, os membros utilizados nos exercícios propostos terão sobrecarga excessiva podendo, assim, aumento a fadiga muscular e/ou risco de lesões.
Para a execução do movimento existe uma ação conjunta entre membros inferiores, superiores e a região do tronco. A ação coordenada é fundamental e a conexão entre os membros inferiores e superiores é feita pela região do core (VERSTEGEN, 2004).
O treinamento do core, apesar de ser fundamental para os esportes por permitir um movimento mais seguro para os atletas, é importante para todas as populações, pois, é essencial até mesmo para as atividades do cotidiano. A aplicação do treinamento do core é a base para o treinamento de todas as
capacidades físicas no esporte de alto rendimento (WILSON, 2006). Outra função dessa região é potencializar a ação motora, dando maior facilidade á execução do movimento.
Devemos lembrar que a aplicação do treinamento da região do core deve ser variável de acordo com o esporte, não podendo ser generalizado esquecendo a especificidade.