Escrito pelo Prof. Esp e MBA Danilo Luiz Fambrini
O joelho é uma das maiores articulações do corpo humano e uma das mais acometidas por lesões, podendo ser elas por meio de trauma direto (pancadas) ou indireto (entorses), uso demasiado ou utilização incorreta. A Condromalácia Patelar é uma patologia que aparece frequentemente na população e é um grande incomodo para os acometidos (FISCHER, 2009).
Diversas técnicas podem ser utilizadas na reabilitação de tal lesão, entre elas, treinamento com pesos supervisionado e Pilates, hoje destacaremos o ultimo.
Segundo Stanmore (2008), o método Pilates pode ser aplicado para todos os tipos de condicionamento, idade e tipos físicos, com o intuito de fortalecimento geral, condicionamento e controle muscular. O Método Pilates caracteriza-se pelo controle o maior controle possível dos músculos envolvidos na movimentação (Contrologia) e tem aspecto relacionados às noções de concentração, equilíbrio, percepção, controle corporal e flexibilidade e da cultura ocidental, enfatizando força e tônus muscular (MUSCOLINO e CIPRIANI, 2004).
O método pode ser aplicado principalmente de duas formas: Treinamento no solo: Se da por exercícios realizados deitado, sentado ou em pé. Os exercícios coordenam força e controle postural e envolvem toda a musculatura do corpo. O instrutor aumenta gradativamente a intensidade dos exercícios de acordo com a evolução do aluno.
Treinamento com aparelhos: A aula com aparelhos pode ser individual ou em grupos pequenos, com instruções baseadas em um programa individual com objetivos específicos. Os exercícios utilizam de equipamentos que oferecem resistência ao movimento por meio de molas ajustáveis, assim, tornando-os mais intensos.
Antigamente os pacientes com queixas de dor na região anterior do joelho eram diagnosticados de condromalácia patelar. No entanto, este termo deve ser usado somente para descrever um possível amolecimento patológico da cartilagem articular, não generalizando qualquer tipo de dor.(The International Patellofemoral Study Group 1997, apud MACHADO e AMORIM 2005).
A condromalácia é produzida pela ação compressiva anormal repetida sobre a cartilagem articular. Esta compressão anormal é derivada da não congruência e da diminuição da área de contato da articulação patelofemoral quando uma subluxação ou deslocamento patelar for causado por um relacionamento anatômico e/ou biomecânico anormal (MACHADO e AMORIM, 2005). Tal patologia pode ocorrer em quatro graus, sendo eles:
I Amolecimento da cartilagem e edema
II Fragmentação e fissuras numa área de 0,5 polegada ou menor
III Fragmentação e fissuras numa área de 0,5 polegada ou maior
IV Erosão da cartilagem até chegar ao osso
De acordo com a Revista Pilates 2010, levando em consideração que um dos principais objetivos do Método é o fortalecimento e a estabilização dos músculos centrais do corpo juntamente com as técnicas que otimizam a respiração e seus benefícios, ele auxilia no alinhamento patelar, ajudando no quadro de estabilização da condromalácia patelar. Para alcançar bons resultados é interessante avaliar o indivíduo para que possa ter uma prescrição correta do programa de treinamento.
Costa (2008) destaca os benefícios do Método Pilates, sendo eles:
Levine et al, 2007, revela que o método Pilates pode ser interessante para reabilitação precoce. De acordo com a pesquisa o treinamento é interessante por aumentar a amplitude de movimento e a força das articulações afetadas pela lesão e a manutenção da flexibilidade pré e pós operação ou tratamento.
Deve-se ter muito cuidado na prática do Pilates com relação a sua execução. Praticantes que tem limitações devem ser avaliados e assim, terem seus treinamentos direcionados individualmente seguindo os princípios básicos do Pilates (MALLERY et al., 2003). Trabalhar a força muscular, flexibilidade e o ganho ou recuperação de movimento são variáveis que devem ser consideradas (GALLAGHER; KRYZANOWSKA, 2000).
Aparentemente o método Pilates tende a ser eficiente para tratamento de condromalácia por não haver atritos, permitir o aumento da flexibilidade de Isquiotibiais, o que minimiza o atrito entre a patela e o fêmur durante a marcha e o ganho de força muscular, podendo assim, ser realizado por qualquer população. A orientação individualizada é fundamental para a execução correta e sem risco de nova lesão.
Referência da imagem: Alfisio