Escrito pelo Prof. Esp. MBA e mestrando Danilo Luiz Fambrini
Atualmente, podemos citar duas formas mais utilizadas para mensurar a força muscular e consequentemente indicar desequilíbrio muscular, são eles: Teste de 1 repetição máxima (1RM) e a Dinamômetria Isocinética.
Uma possível alternativa para avaliação de força é o teste de uma repetição máxima (1-RM), que é o mais utilizado para avaliação da força dinâmica, uma vez que é um método pratico, de baixo custo e aparentemente seguro para a maioria das populações (DIAS et al., 2005; VERDIJK et al., 2009). Uma repetição máxima refere-se a carga máxima levantada uma única vez e de forma correta, durante a realização de um exercício padronizado de levantamento de peso (McARDLEet al., 1996; QUEIROGA, 2005).
Para identificar o pico de torque por meio do teste de 1 RM se faz o calculo levando em consideração que a perna pesa 6,1% da massa corporal total, é calculada. Para realizar a correção da gravidade, o valor do peso da perna é subtraido no banco flexor e adicionado no banco extensor. Logo após, os valores encontrados foram multiplicados por 9,8m/s2 (valor correspondente a aceleração da gravidade), transformando assim a carga do exercício em peso. Esse peso, por sua vez, foi multiplicado pelo comprimento da tíbia, fornecendo assim a informação do torque. O torque encontrado foi dividido pelo peso do indivíduo, a fim de se encontrar valores comparáveis entre os participantes. A razão agonista/antagonista foi calculada dividindo o torque flexor pelo torque extensor, sendo o resultado multiplicado por 100 (WINTER, 1990).
A comparação bilateral precisa é provavelmente uma das facetas que mais distingue a dinamometria isocinética das demais avaliações, esta, tem como função, avaliar por meio de um Dinamômetro Isocinético a força muscular a uma velocidade angular continua, e tem um papel médico-legal especifico. Isso deriva da sensibilidade do aparelho, que é muito superior à habilidade humana. Utilizando o torque máximo mensurado por tal avaliação, podemos identificar o desequilíbrio muscular da articulação envolvida (DVIR, 2002).
Para mensurar o desequilíbrio muscular no joelho, é necessário a divisão do torque máximo de flexores pelos extensores e multiplicado por 100. Para ser considerado um equilíbrio muscular em relação à força, o resultado deve estar entre 60 a 70%, sendo que valores abaixo de 60% significarão um desequilíbrio de flexores mais fracos e caso o valor fique acima de 70% demonstra um desequilíbrio de extensores (PAIXÃO, et al. 2004).
Em estudo feito por Sapega (1990), foi estabelecido parâmetros para identificar desequilíbrio muscular entre os membros, onde foram divididos em indivíduos saudáveis em três pontos:
Segundo o autor referido acima , quando desequilíbrios superam os 20%, é indicado que o indivíduo seja afastado das atividades físicas, a fim, de prevenção de lesão. Já em casos de ocorrência de lesão, após tratamento, sendo cirúrgico ou não, o retorno a atividades leves pode ser liberado a partir do déficit de 30% ou inferior, e de atividades extenuantes de 20% ou inferior.
Abaixo vejam o video da dinamômetria isocinética feita por Danilo Luiz Fambrini em um dos voluntários de seu artigo de pós graduação.
Referência da Imagem: Site Clicrbs