O Jump, Power Jump ou Jump Fit (como preferir), é uma modalidade encontrada em academias por todo o Mundo e se dá por um treinamento físico ritmado e coreografado, realizados em um mini trampolim. Tal superfície elástica permite a aceleração e desaceleração, treinar equilíbrio, coordenação e força de gravidade com menos impacto com relação a saltos no chão (GROSSI et al., 2008; FURTADO, SIMÃO & LEMES, 2010).
Segundo Furtado, Simão e Lemes (2010), o sucesso desse programa está relacionado, principalmente, ao prazer e motivação que essa atividade proporciona, além de proporcionar a melhoria ou manutenção dos níveis adequados de condicionamento físico para a realização das tarefas do cotidiano.
A melhoria da capacidade cardiovascular é alcançada por um estimulo fisiológico que necessite de ajustes de cargas progressivas (SILVA et al., 2008). Visando alcançar este patamar, os exercícios de moderada e elevada intensidade tem sido amplamente recomendados por permitirem um aumento do gasto calórico. aumento da massa corporal magra, aumento do dispêndio de energia pós-exercício, redução do perfi l lipídico, dentre outras repercussões hemodinâmicas capazes de reduzir em até duas vezes as taxas de mortalidade (ALMEIDA & ARAUJO, 2003). A intensidade das aulas de Jump tem permitido uma relação entre a modalidade e melhorias na capacidade cardiovascular, como a capacidade aeróbia melhorada e o aumento da função cardíaca (INSTRUTOR MANUAL, 2005).
Tendo em vista o baixo número de estudos avaliando fatores cardiovasculares durante aulas de Jump, Lima et al. (2012), buscou realizar um estudo acerca de informações da modalidade para estudantes do ensino fundamental II. Para tal utilizaram 12 semanas de treinamento, realizando três sessões semanais de aulas de Jump. Os autores relatam reduções da frequência cardíaca média e do percentual da frequência cardíaca média ao final do experimento. Os autores justificam o período de treinamento proposto relacionando com os relatos de Mattos e Neira (2000) que mencionam a necessidade de um período aproximado de 12 semanas para haver melhorias no condicionamento físico.
A intensidade das aulas de Jump são consideradas elevadas, onde em indivíduos não praticantes pode alcançar 87,1% (Furtado et al.,2010) e em indivíduos praticantes, 81% (PERANTONI et al. 2009).
Os estudos mencionados deixam claro que o Jump é uma modalidade que leva a um estresse interessante para a adaptação do sistema cardiovascular, no entanto, tal intensidade não é desejada para alguns grupos de especiais, tais como pessoas que apresentam labirintopatias não medicadas; grande instabilidade nas articulações de joelhos e tornozelos, incontinência urinária; grávidas e lactantes recentes, os quais não se recomendam a prática dessa modalidade (TEIXEIRA, 2004).
Matsudo et al.(1998) relatam que raramente os escolares participam de períodos de atividades físicas moderadas e com duração recomendada para melhorar o condicionamento cardiovascular. Diante dessa situação sugerimos que uma aula de jump adequadamente realizada poderia suprimir tais recomendações no âmbito escolar. Além disso, deve-se destacar que o favorecimento do interesse pelos alunos nas aulas de educação física tem repercussão na qualidade de vida e saúde ao longo dos anos de vida do indivíduo adulto.
Referências