Você alguma vez já ouviu falar em Plexo Braquial? Sabe o que é? Se caso a resposta for negativa, não deixe de ler o texto a seguir, pois, é uma estrutura muito importante. Caso já tenha conhecimento sobre o assunto, se atente a alguns detalhes apresentados a seguir.
Créditos: Prof. Eurico Lara de Campos Neto
O plexo braquial é uma estrutura com anatomia complexa formando uma estrutura nervosa formada pelas raízes C5, C6, C7, C8, T1, podendo ainda receber contribuições de C4 e T2 (Oliveira 2015, Narahashi, 2005)
É uma importante rede nervosa que supre o membro superior que se origina na coluna cervical e estende-se até a axila, organizada em cinco partes distintas; raízes, troncos, divisões, fascículos e ramos terminais.(Costabeber, 2010)
Eles são responsáveis pelos movimentos de sensibilidade dos membros superiores (Oliveira 2015)
Como responsáveis pela inervação dos membros superiores suas raízes formam três troncos, o superior que são compostas pelas C5 e C6, a média composta pela C7 e a inferior composta pela C8 e T1.
A localização destes troncos originam-se na fossa supraclavicular e dividem-se em dois ramos, o anterior e o posterior, e destes originam-se os fascículos, localizados em torno da artéria axilar e recebendo a nomenclatura de fascículo lateral, medial e posterior, dando origem a mais uma subdivisão; os ramos terminais (nervo radial, nervo axilar, nervo mediano, nervo ulnar e nervo músculo cutâneo) (Rodrigues 2014)
Diante tamanha complexidade a autora faz uma breve descrição sobre essas subdivisões:
Fascículo lateral:
Tem suas fibras de C5 a C7, possui três ramos; o lateral que dá origem ao nervo peitoral lateral e dois ramos terminais que dão origem ao nervo musculocutâneo e a raiz lateral ao nervo mediano.
Fascículo posterior:
Conduz as fibras de C5 a T1 e possui cinco ramos, sendo três laterais que formam os nervos subescapular, toraco dorsal, e subescapular inferior e dois ramos terminais que dão origem aos nervos axilar e radial.
Fascículo medial:
Conduz as fibras C8 e T1 e possui cinco ramos, são três laterais que originam os nervos peitoral medial, cutâneo medial do braço e cutâneo medial do antebraço e outros dois ramos terminais que dão origem ao nervo ulnar e a raiz medial do nervo mediano.
É uma região muito suscetível a lesões, tanto que Oliveira et.al (2015) investigou a incidência de lesões no plexo braquial na cidade de Belo Horizonte.
O estudo constituiu em quarenta e sete pacientes, a grande maioria composta por homens na faixa etária entre 18 e 70 anos. Ao final do estudo concluiu que grande parte das lesões de plexo braquial (68,1%) foi em decorrência de acidente motociclístico seguido por queda de bicicleta (10,6%) e e queda (8,5%).
Um outro estudo conduzido por (Babosa 2013) fez um levantamento das principais lesões traumáticas atendidos pela fisioterapia em um hospital. A lesão de plexo braquial apareceu entre as principais lesões de ombro e em particular em pessoas que sofreram acidentes de moto. O próprio autor descreve como uma lesão característica de motociclistas.
Siqueira (2011) cita em seu trabalho uma classificação para as lesões no plexo braquial segundo seu nível de gravidade, sendo elas:
A neuropraxia é considerada a forma mais leve de lesão. O paciente apresenta perda motora completa, mas dentro de algumas semanas já recupera todos os movimentos.
A axonotmese já é um grau mais elevado quando comparado ao primeiro, pois ocorre uma interrupção dos axônios e sua recuperação é mais demorada.
Por ultimo e considerada a mais severa está a neurotmese, onde os axônios e o tecido conjuntivo de suporte são interrompidos e há necessidade de intervenção cirúrgica.
Referencias: