Créditos: Prof. Esp. Danilo Luiz Fambrini
A síndrome do túnel do carpo segundo (Chammas, 2014) é a mais freqüente das síndromes compressivas. Ela é definida pela compressão ou tração do nervo mediano ao nível do punho. Estima-se que 4% a 5% da população principalmente pessoas entre 40 e 60 anos possuam essa síndrome.
Sua anatomia consiste em um túnel osteofibroso inextensível que é definido como espaço localizado entre o retinaculo dos flexores e a caneleta carpiana, e sua base é formada pela cápsula e os ligamentos radiocárpicos anteriores.
Ele contem um nervo mediano o qual é acompanhado por quatro tendões dos flexores superficiais dos dedos, os quatro tendões dos flexores profundos dos dedos e o tendão flexor ao longo do polegar que é o elemento mais radial.
É denominada compressiva pois envolve a combinação de dois fenômenos, a compressão e a tensão. Vendo de um ponto de vista anatômico são dois os locais de compressão do nervo mediano. O primeiro é localizado no nível do limite proximal do túnel do carpo, que é ocasionado pela flexão do punho devido a alteração da espessura na rigidez da fascia antebraquial e o segundo é no nível da porção mais estreita, que localiza-se próximo ao hâmbulo do hamato.
Essa compressão ocasiona problemas na microcirculação sanguínea intraneural dentre outras.
Existe uma escala neurofisiológica citado por (Carvalho, 2007) que em seu estudo avaliando 219 pacientes utilizou esta escala dividindo-a em 6 graus de intensidade:
Mínimo (grau1), Leve (grau 2), Moderado (grau 3), Moderado (grau 4), Grave, (grau 5) Extremo (grau 6).
Ao final do estudo, os autores concluíram que a escala neurofisiológica apresenta uma boa correlação com os sintomas primários ( dor noturna, parestesia, dormência). Essa predominância de déficits sensitivos e motores se apresentam com mais freqüência, quanto maior é a gravidade da síndrome do Túnel do Carpo.
Com relação as formas de tratamento destaca-se principalmente a infiltração de corticóide e imobilização noturna por órtese. O procedimento cirúrgico é recomendado caso haja resistência ao tratamento mais conservador. (Chammas, 2014).
O autor ainda cita que piores resultados no pós cirúrgico são observados em pessoas que apresentam os seguintes casos:
Mesmo após o procedimento cirúrgico, a persistência dos sintomas é ainda uma complicação comum, ou os sintomas podem voltar após um tempo, isso pode ocorrer devido a um traumatismo causado por queda, crises inflamatórias, etc.
É de fundamental importância um conhecimento clínico preciso, pois este fator torna-se decisivo para o tratamento adequado, pois podem acarretar possíveis complicações ao tratamento escolhido.
Referencias