Escrito pelo Prof. Esp e MBA Danilo Luiz Fambrini
O método Pilates, é atualmente, muito conhecido por todo o mundo, o método foi criado por Joseph Pilates com o intuito de ter grandes resultados com relação a postura corporal, utilizando de forma uniforme a musculatura do corpo todo com o mínimo de energia e o máximo de satisfação (PILATES, 1934).
Estudo recente revela a necessidade de uma boa flexibilidade, controle muscular, respiração, força e estabilidade de centro (WELLS, KOLT, BIALOCERKOWSKI, 2012). Outro estudo ainda destaca que a estabilidade de centro é a chave para a estabilidade postural (SMITH e SMITH, 2005).
O aumento da força de centro aumenta a estabilidade da coluna vertebral auxiliando para um uso otimizado das extremidades (BRYAN HAWSON, 2003; MUSCOLINO CIPRIANI, 2004b). Fortalecimento e alongamento promovem melhorias no equilíbrio e alinhamento esquelético e, consequentemente, da postura corporal (HRYSSOMALIS e GOODMAN, 2001).
Hábitos sedentários, equipamentos utilizados no trabalho que são ergonomicamente inadequados e falta de consciência corporal podem ser responsáveis por desalinhamentos posturais. O alinhamento postural ideal é associado com o movimento livre de dor (TSUJI et al., 2002; YIP, CHIU, POON, 2008; EMAMI et al., 2007).
Em estudo atual, Ferreira et al. (2015) avaliaram mulheres adultas durante 6 meses com a frequência de 2 sessões semanais, onde as participantes somente praticaram o método Pilates nesse período. Os autores avaliaram o alinhamento frontal da região espinhal toracolombar, quadril e dos ombros, e alinhamento sagital da cabeça e quadril.
Após o período de intervenção, os pesquisadores constataram diferenças significativas no alinhamento frontal de ombros e sagital de cabeça, onde o primeiro obteve resultados relevantes com apenas 3 meses de intervenção, enquanto o segundo somente após a avaliação de 6 meses quando comparado o grupo de intervenção com o grupo controle (se manteve
sem a prática de exercício físico durante o período de intervenção). As outras variáveis não apresentaram diferenças significativas.
Com relação a evolução após a prática do Pilates, os voluntarios tiveram melhoras significativas comparando o inicio dos treinamentos com a avaliação pós treinamento nas variáveis: Alinhamento frontal de ombro e sagital de cabeça e quadril.
Os resultados do estudo de Ferreira et al. (2015) vão de encontro com outros trabalhos que se propuseram a avaliar a evolução no alinhamento postural após a prática de Pilates (Emery et al, 2009; McMillan et al, 1998; Papagaio, 1993; FITT et al., 1993; Kuo et al., 2009).
Ainda tratando dos achados de Ferreira et al. (2015), os autores dão o mérito pela melhora do alinhamento postural dos ombros ao fortalecimento e estabilidade empregado nessa região durante a intervenção.
Ao contrário dos resultados encontrados em relação ao ombro, o alinhamento de quadril tem contradições na literatura, onde Donahue=Fillmore et al. (2007) não encontrou melhoras nessa região, enquanto Ferreira et al. (2015) encontrou. O que difere as pesquisas é o fato da supervisão, onde o primeiro não tinha supervisão do profissional especializado, destacando a importância do mesmo para uma análise adequada.
Com relação ao alinhamento sagital da cabeça, não somente o estudo de Ferreira et al. (2015) tiveram resultados positivos, mas também os estudos de Kuo et al. (2009), que obteve sucesso em apenas 10 semanas de intervenção, e Emery et al. (2009) que obteve bons resultados em 12 semanas.
Considerações
Os achados na literatura sugerem bons resultados do método Pilates sobre a postura corporal em especial no alinhamento sagital da cabeça e quadril e frontal de ombro, sendo ainda necessárias investigações mais amplas nas outras regiões do corpo.
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