Profundidade agachamento: quadril e tornozelo

Embora o agachamento seja um movimento básico, a ação conjunta de várias articulações o torna complexo. As articulações do tornozelo, joelho e quadril devem possuir mobilidade suficiente para permitir a profundidade adequada no agachamento, que como explico nos cursos deve ser o paralelo. Além disso, a musculatura nessas articulações deve gerar tensão suficiente para produzir estabilidade na posição de agachamento paralelo.

ESTUDO
Um estudo avaliou a amplitude de movimento do tornozelo e do quadril e correlacionou essas variáveis com a profundidade do agachamento em mais de 100 estudantes universitários saudáveis. Os pesquisadores descobriram que, entre homens e mulheres, a dorsiflexão do tornozelo foi o maior preditor na profundidade do agachamento. A flexão do quadril para os homens e a força de dorsiflexão do tornozelo em mulheres foram os preditores mais acurados.
A amplitude de movimento do tornozelo é fundamental para uma variedade de movimentos atléticos, incluindo a capacidade de saltar, correr e mudar de direção. A amplitude limitada de movimento do tornozelo pode causar rotação medial do fêmur durante o agachamento como compensação. Também pode ser o fator que causa flexão da coluna lombar durante o agachamento, um problema que muitas vezes é culpado pelo encurtamento dos isquiotibiais.

NA PRÁTICA
Quando a individualização de coordenativos / corretivos e o trabalho com tecidos moles é difícil em situações de equipe, a abordagem de gerar maior amplitude de movimento do quadril e tornozelo pode ser a mais efetiva para o maior número de atletas. Em geral se consegue isso com o uso de “calços’ nos calcanhares.
Além disso mobilizar o tecido mole com rolos de espuma seguidos de trabalho de flexibilidade e mobilidade pode ajudar muito a melhorar a amplitude de movimento do quadril e tornozelo. Isso permitirá um agachamento mais seguro e melhor desempenho no campo.
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Post de @treinamentoesportivo

Ref – J Hum Kinet. 2015 Apr 7;45:59-69
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