Créditos: Prof. Esp. Eurico Lara de Campos Neto
Diversos estudos demonstram os diversos benefícios do ômega 3 (confira nossa matéria com o conceito de Ômega 3, clicando aqui) para a saúde, como por exemplo na ação no metabolismo lipídico, que ocasiona uma diminuição dos níveis plasmáticos dos triglicerídeos, do colesterol total e LDL.
Proporciona uma ação vaso dilatadora com uma possível ação na prevenção e tratamento de alguns cânceres, depressão, mal de Alzheimer e diminuição da incidência de aterosclerose.
Seus benefícios não são comprovados somente em adultos, a ação do ômega 3 em crianças são de extrema importância para esta população, por representar um terço da produção de lipídeos no cérebro. (Mesquita, 2011).
O poder de regeneração do ômega 3 foi alvo de um estudo conduzido por (Vidmar, 2016), que analisou a recuperação pós cirúrgica de reconstrução de ligamento cruzado anterior (LCA).
A amostra contou com um grupo de vinte e cinco indivíduos do sexo masculino foram submetidos a cirurgia de reconstrução de LCA. No período pós cirúrgico, esse grupo foi subdividido em dois grupos.
Um grupo recebeu 2g de ômega 3 durante quinze dias, enquanto que o segundo não foi suplementado. Ambos os grupos receberam o mesmo protocolo fisioterápico, que constituía em sessões de aproximadamente 60 minutos.
Chegando ao final, os resultados demonstraram os efeitos benéficos da suplementação de omega 3 na modulação dos marcadores de estresse oxidativo em indivíduos que foram submetidos a cirurgia e a intervenção fisioterápica de reconstrução de LCA.
Tal achado pode contribuir para a prevenção dos danos causados por radicais livres que geralmente ocasionam o agravamento da lesão no joelho debilitado.
No âmbito competitivo o ômega 3 é também utilizado com suplementação. (Andrade, 2006) recrutou um grupo de nadadores de elite que foram subdivididos em dois grupos, um grupo recebeu a suplementação com ômega 3 e outro grupo recebeu um placebo.
O protocolo de atividade física foi igual para ambos os grupos, que consistia em treinamento seis vezes na semana. O treinamento era dividido parte na piscina e trabalho de resistência muscular.
Chegando ao final do estudo, concluíram que a suplementação em nadadores de elite altera os indicadores bioquímicos do metabolismo lipídico, influenciando na redução das lipoproteínas plasmáticas, ricas em colesterol e auxiliam na prevenção de doenças cardiovasculares.
Estudos mostram íntimas associações dos benefícios entre o ômega 3 e o treinamento resistido.
Conduzido por (Rodacki, 2015), um estudo avaliou o consumo de ômega 3 associado com o treinamento resistido, em idosas. Quarenta e cinco idosas foram divididas em dois grupos, um grupo foi suplementado somente com ômega 3 e outro grupo foi também suplementado com ômega 3, porem associado a três sessões semanais de treinamento resistido durante noventa dias.
Ao final do estudo foi visto que a associação do ômega 3 mais o treinamento resistido apresentaram efeitos positivos sobre o triacilglicerol e VLDL- colesterol, merecendo destaque o principal achado do estudo, que foi o efeito positivo desta combinação sobre a glicemia.
O ômega 3 pode melhorar as alterações causadas por exercícios, como concluído pelo estudo de (Jakeman, 2016) que avaliou vinte e sete jovens que foram submetidos a saltos pliométricos com o intuito de induzir ao dano muscular.
Imediatamente após o ultimo salto eles receberam a suplementação de ômega 3 sem saber se era de alta ou de baixa concentração. Os índices de dano muscular foram acompanhados antes e 1,24,48,72,94 horas depois.
Concluíram que a dose mais concentrada de ômega 3 pode melhorar as alterações funcionais ocorridas sobre o dano muscular após o exercício.
Utilizado por (Tinsley, 2016), que verificou o possível benefício da suplementação no tempo de recuperação da dor muscular pós exercício, onde mulheres de 18 a 30 anos foram divididas em dois grupos. Um grupo recebeu suplementação com ômega 3 e outro grupo com placebo durante uma semana.
Passado o período de suplementação, foram submetidas a dez sessões até a falha de flexão de cotovelo e cadeira extensora. Foram observados os níveis de dor muscular após quarenta e oito horas e uma semana depois.
Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos, porem o grupo que consumiu o ômega 3 apresentou uma percepção de dor menor quando comparado com o grupo placebo.
Concluindo, a suplementação de ômega 3 pode auxiliar no alívio da dor muscular após o treinamento de resistência em jovens não treinadas.
(Jouris, 2011) suplementou homens e mulheres com ômega 3 com o objetivo de também se obter alguma novidade sobre a resposta inflamatória ao exercicio de força excêntrica.
Ao final do estudo os autores sugeriram que a suplementação de ômega 3 diminuiu a sensibilidade como marcador inflamatório em resposta ao exercício excêntrico.
Com isso, esses achados sugerem que o ômega 3 pode proporcionar benefícios e minimizar a dor pós exercício, trazendo inúmeros benefícios a pessoas que vão desde um nível mais competitivo a pessoas que estão iniciando um programa de atividade física e também para aquelas que estão sob tratamento médico ou reabilitação.
Referencias